A romantização do narcotraficante nas produções audiovisuais e sua relação com a legitimação governamental e o marketing político

Palavras-chave: séries, romantização, comunicação sociopolítica, audiência de massa

Resumo

O objetivo deste texto é mostrar que o auge e a romantização, em séries ou filmes, de personagens inspirados em mafiosos ou narcotraficantes é possível porque eles não propõem uma mudança no sistema sob slogans de reivindicação social, de modo que sua existência é inócua para os governos hegemônicos e as elites. Além disso, essa romantização, moldada no imaginário social através dessas produções, pode contribuir para a legitimação governamental e o marketing político que os governos fazem da luta contra o narcotráfico. Algo que não funciona assim com os líderes de movimentos sociais armados, pois, embora ambos dirijam ou executem ações que infringem a lei, o tratamento simbólico e factual que recebem por parte dos governos é proporcional ao que cada um representa para o poder governamental. Isso influencia como a cultura popular e os produtos midiáticos os retratam, e como o público e as elites respondem a eles.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sofía Gómez Sánchez, Universidad de Guadalajara

Bacharel em Literatura Hispânica e Mestre em História do México pela Universidade de Guadalajara. Professor do Departamento de Línguas do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente (ITESO-Guadalajara).

Referências

Anguiano, A. (2014). Calderón, aprendiz de brujo o la guerra como escape. Región y sociedad, vol. 26. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-39252014000600011.

Baena, J. (2003). El marketing político como instrumento metodológico de la comunicación política. Estudios políticos, núm, 34, pp. 35-50. file:///Users/usuariofinal/Downloads/maria_marcela,+EP-03-n34-1227.pdf.

Bruhn, K. (ed.). (2012). La comunicación y los medios. Metodologías de investigación cualitativa y cuantitativa. México: FCE.

Chávez, J. (2019). La romantización del narcocorrido en México. ComHumanitas, vol. 10, núm. 3. file:///Users/usuariofinal/Downloads/Dialnet-LaRomantizacionDelNarcocorridoEnMexico-7443738.pdf.

GI-TOC: Global Initiative Against Transnational Organized Crime. (2023). Índice global de crimen organizado. https://globalinitiative.net/wp-content/uploads/2023/09/I%CC%81ndice-global-de-crimen-organizado-2023.pdf.

Gioia, T. (2021). La música. Una historia subversiva. Ciudad de México: Turner.

Morales, D. (2024). Lo que se sabe de la captura de Ismael ‘El Mayo’ Zambada y Joaquín Guzmán López. El País. https://elpais.com/mexico/2024-07-27/lo-que-se-sabe-de-la-captura-de-ismael-el-mayo-zambada-y-joaquin-guzman-lopez.html

Muñoz, C. (2023). Narcoseries e inversión de roles: el narcotraficante como héroe frente al Estado como villano. Cuicuilco. Revista de Ciencias Antropológicas, vol. 27, múm, 85. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2448-84882022000300099.

Pardo, N. (2013). Cómo hacer análisis crítico del discurso. Una perspectiva latinoamericana. Colombia: Universidad Nacional de Colombia.

Kadaré, I. (2006). Esquilo. Madrid: Siruela.

Ríos, J. (2021). Terrorismo, legitimidad y militancia: Un Análisis Discursivo sobre ETA, DADOS, vol. 64, 1-33. https://www.scielo.br/j/dados/a/kf3p634zsGBTpGDCTDZgCSr/?format=pdf.

Van Dijk, T. (1999). Ideología. Una aproximación multidisciplinaria. Barcelona: Gedisa.

Publicado
16-06-2025
Como Citar
Gómez Sánchez, S. (2025). A romantização do narcotraficante nas produções audiovisuais e sua relação com a legitimação governamental e o marketing político. ComHumanitas: Revista Científica De Comunicação, 16(1), 1-16. https://doi.org/10.31207/rch.v16i1.517